segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sete passos para estabilidade espiritual - Oração de gratidão



Passo 5
                                 Filipenses 4.6-7

E

m Filipenses 4 o apóstolo Paulo recomenda que não sejamos ansiosos, mas não apenas isso. Ele ajuda-nos a preencher o vazio conduzindo-nos a atitudes positivas: oração, pensamento e atos corretos. Somente se cumprimos as condições que o Senhor estabeleceu, a paz de Deus guardará nosso coração e nossa mente.

         Orar Corretamente

Paulo não escreve; “ore sobre isso!” é sábio demais para dar esse tipo de conselho. Antes, ele usa três palavras para descrever a “oração correta”: oração, súplica e ações de graças. Orar corretamente envolve esses três elementos.

Em primeiro lugar, ele fala da Oração. O termo oração usado em geral, para se referir as petições que fazemos ao Senhor. Tem a conotação de reverência, devoção e adoração. Sempre que estamos ansiosos, a primeira coisa a fazer é ficar sozinhos com Deus e adorá-lo. É preciso demonstrar reverência por Deus e ver sua grandeza e majestade, conscientizando-nos de que Ele é grande o suficiente para resolver nossos problemas. Muitas vezes, nos colocamos apressadamente diante do trono de Deus, quando deveríamos nos aproximar dele com calma e com profunda reverência. O primeiro passo é a adoração.

Em segundo lugar, ele fala da Súplica. Suplicar é uma expressão sincera a Deus das necessidades e dos problemas enfrentados. Não há lugar para rações indiferentes e insinceras! Apesar de sabermos que não somos ouvidos em função de “vãs repetições”(Mt 6.7,8), também sabemos que o Pai deseja que sejamos honestos em nossas petições (Mt 7.1-11). Foi assim que Jesus orou no Getsêmani (Hb 5.7) e, enquanto seus discípulos mais próximos dormiam, Ele transpirava como gotas de sangue! A súplica não é uma questão de energia carnal, mas sim de fervor espiritual (Rm 15.30; Cl 4.12).

Depois da oração e da súplica, vem à apreciação, dando graças a Deus (ver Ef 5.20; Cl 3.15-17). Sem dúvida, o Pai gosta de ouvir os filhos dizerem: “muito obrigado!” Quando Jesus curou dez leprosos, somente um deles voltou para agradecer (Lc 17.11-19), certamente hoje, não seria diferente! Ninguém hesita pedir, mas demonstrar apreciação e algo raro.


Paulo diz que devemos levar tudo a Deus em oração – “sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições” – e admoesta a que não andemos ansiosos de coisa alguma. Conversar com Deus a respeito de tudo o que nos preocupa é o primeiro passo para vencer a ansiedade.

Como resultado, a “paz de Deus” guardará a mente e o coração. Não podemos nos esquecer de que, nessa ocasião, Paulo encontrava-se acorrentado a um soldado romano que o guardava dia e noite. Da mesma forma a “paz de Deus” nos guarda em duas áreas que geram preocupação; o coração (sentimentos incorretos) e a mente (pensamentos incorretos).

Daniel nos dá um exemplo maravilhoso de paz através da oração. Quando o rei anunciou que todos os seus súditos deveriam adorar somente a ele, Daniel foi para seu quarto, abriu suas janelas, e orou como sempre fazia (Dn 6.1-10). Observe como Daniel orou. Ele “orava, e dava graças diante do seu Deus” (Dn 6.10) e suplicava (Dn 6.11). Oração de súplica e ações de graças! E o resultado foi a paz perfeita em meio as dificuldades! Daniel foi capaz de passar a noite com os leões na mais perfeita paz, enquanto o rei em seu palácio não conseguia dormir (Dn 6.18).[1]

Portanto, para manter-se firme em meio às provações e garantir segurança e vitória sobre a ansiedade é necessário orar corretamente.



Conclusão:

Em lugar de orarmos a Deus com sentimentos de dúvida, desalento ou descontentamento, devemos aproximar-nos Dele com atitude de gratidão antes de pronunciarmos uma única palavra.

¡  Deus promete não permitir que algo nos aconteça além do que podemos suportar (1Co 10.13),

¡  Deus promete fazer com que tudo concorra para o nosso bem (Rm 8.28)

¡  Deus promete-nos “aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” diante do sofrimento (1Pe 5.10).

Por que devemos agradecer a Deus?

Sendo-Lhe grato, você será liberto do medo e da ansiedade. É uma demonstração real de confiança de seu problema ao controle soberano de Deus. Isso é fácil de fazer, sabendo que:

¡  Deus suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.19),

¡  Deus cuida de nós (1Pe 5.7),

¡  Deus tem todo o poder (SI 62.11),

¡  Deus está nos tornando cada vez mais semelhantes a Cristo (Rm 8.29; Fp 1.6)

¡  Deus é soberano e sábio (SI 147.5).



[1] Wiersbe, W. W. (1996, c1989). The Bible exposition commentary. “An exposition of the New Testament comprising the entire ‘BE’ series”-Jkt. (Fp 4.6). Wheaton, Ill.: Victor Books.

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