O Aborto à Luz da Palavra do Senhor - por Luciano de Lima Barboza

Sabemos que o aborto é uma prática de interrupção da gestação antes de completar seu período habitual e fazendo que o feto que está sendo gerado seja trazido ao mundo num momento em que suas funções vitais ainda dependiam do organismo de sua mãe. O aborto poderá ocorrer de forma espontânea, principalmente devido a alterações genéticas do embrião que se desenvolve, ou de forma induzida ou provocada, que é quando de maneira intencional e devido a fatores de caráter humano, social, psicológico ou financeiro pratica esta interrupção , utilizando um terceiro ou não.

No que diz respeito à nossa legislação, o artigo 128 do código penal brasileiro permite a realização do aborto em duas situações: estupro e risco de morte materna. Além disso, determina que fora destas situações, a mãe corre risco de 1 a 3 anos de reclusão quando pratica o aborto e o terceiro que o praticar, risco de 1 a 10 anos de reclusão.

Mesmo assim, à luz da bíblia, que é nossa única regra de fé e prática e está acima de tudo, até mesmo de códigos de ética social humana, em qualquer situação o aborto é colocado como transgressão, ou seja, um crime diante das leis de Deus, visto que, o feto é uma vida sendo gerada, segundo o propósito de Deus. Isto é apresentado em alguns textos como os referidos abaixo:

Êxodo 20.13 – “Não matarás”

Jeremias 1.5 – “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe te santifiquei. Às nações te dei por profeta.”

Gálatas 1.15 – “Porém Deus, na sua graça,me escolheu antes mesmo de eu nascer e me chamou para servi-lo.”

A graça de Deus em nossas vidas é tão maravilhosa que com o desenvolvimento tecnológico atual e progressivo, sabemos que as unidades de terapias intensivas são capazes de manter a vida dos recém nascidos em períodos cada vez mais iniciais da gestação e que, portanto, na maioria das vezes, o aborto não seria a primeira opção.

Também deve ser considerado que, apesar desta prática ser realizada na maioria das vezes por motivos de ordem social, emocional ou financeira, as prováveis conseqüências como: distúrbios psíquicos, infecções, infertilidade, ou até mesmo a morte, são muito mais graves do que pensa o indivíduo que faz opção por esta situação, ao invés de manter a gestação. Além disso, é um crime contra as leis de Deus, nos torna tão egoísta a ponto de querer não apenas nos igualar, mas pretensamente superar a magnitude do poder do senhor Deus, já que com esta prática estaríamos tentando modificar o propósito Dele para nossas vidas. Ainda se isto não bastasse, fomos agraciados por misericórdia divina, que nos permitiu completar nosso desenvolvimento no útero de nossas mães, mas não permitimos desta maneira que outra criatura de Deus também consiga esta mesma graça. Por tudo isto, a prática do aborto promove desagrado a Deus e terá como conseqüência a sua espada sobre nós ou nossa descendência para que um indefeso seja vingado.

Concluindo, segundo o salmista afirma que “Maravilhosas são as obras do Senhor e a minha alma o sabe muito bem”, temos que como igreja do Senhor, acompanhar, apoiar e orientar nossos irmãos em Cristo na luta contra o aborto, já que o homem é criatura especial da obra de Deus, feito à sua imagem e, por isso, somente a soberania Dele permite determinar o destino de uma vida. Precisamos também entender que mesmo nos casos que são legalmente aceitos, o aborto nem sempre é a única saída. É necessário que diante de uma situação extrema como esta ou qualquer outra, temos que buscar sempre a Deus, para que nos dirija e oriente segundo a Sua vontade.

Luciano de Lima Barboza


Para mais informações sobre o assunto, acesse: http://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos/150-aborto-os-dois-pontos-cruciais