quarta-feira, 10 de abril de 2013

O amor verdadeiro

friendship-72apor Rev. Jocarli A. G. Junior

“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pedro 1.22).

Na noite em que Cristo instituiu a Ceia do Senhor, Ele disse aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). Para nossa vergonha e tristeza, nem sempre somos conhecidos por nosso amor pelos irmãos. Precisamos urgentemente de uma unidade espiritual e o amor que é o vínculo da paz (Cl 3.14).
Vivemos em uma cultura que tem tomado algumas palavras bíblicas e utilizado de forma que redefine e deprecia o seu significado verdadeiro. Por exemplo, a palavra “amor” se tornou desvalorizada em nossos dias. Com muita frequência declaramos: “Eu amo pizza”, “Eu amo chocolate” ou “Eu amo Jesus”. Sem perceber, muitas vezes, declaramos o nosso amor ao próximo sem refletir nas implicações.
É como a menina que foi convidada para jantar na casa de sua melhor amiga. A mãe de sua amiga perguntou se ela gostava de brócolis. Ela respondeu educadamente: “Ah, sim, eu amo!” Mas quando o vegetal foi oferecido, ela recusou. A anfitriã disse: “Você não disse que amava brócolis?”. A menina respondeu docemente: “Ah, sim, minha senhora, eu amo, mas não o suficiente para comer!” É fácil dizer que se ama, difícil é praticar o amor bíblico, o amor verdadeiro.
O apóstolo Pedro nos ensina que o amor bíblico possui três características específicas:
Em primeiro lugar, é um amor sincero. A expressão “não fingido” significa “não hipócrita” (cf. Rm 12.9; 2Co 6.6). Ao viver esse tipo de amor, Deus pode usar a unidade amorosa dos crentes para atrair um mundo perdido e despertá-lo para a sua necessidade de salvação (cf. Jo 13.34-35; 1Co 10.31-33).
Em segundo lugar, é um amor puro. O provérbio faz a seguinte pergunta: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv 20.9). A resposta é: ninguém! Não se pode limpar ou purificar a si mesmo do pecado. Somente Cristo pode fazer isso (1Pe 1.19-20).
Você não pode amar biblicamente ao abrigar o pecado não confessado em seu coração. O amor deve partir de um coração puro. Foi exatamente isso que Paulo ensinou ao jovem Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2.22).
Terceiro, é um amor fervoroso. “... amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (v. 22) – A palavra “ardentemente” significa esticar um músculo ao máximo. A palavra é traduzida por Lucas como “intensamente” (Lc 22.44; At 12.5, At 26.7). Na literatura grega a palavra era utilizada para descrever um cavalo que corria a toda velocidade. Ou seja, o amor é algo que temos que nos esforçar para praticar. Como um atleta olímpico que treina a exaustão para alcançar o máximo de suas habilidades.
Não é uma questão de sentimento, mas de vontade, e isso é algo que devemos trabalhar constantemente se quisermos ter sucesso.
Amar biblicamente requer muito trabalho e esforço. Nem sempre é fácil. Mas é necessário como parte crucial do desenvolvimento de nossa salvação.

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