sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Traduções Bíblicas e suas Implicações nos Usos Litúrgico e Particular

The Interlinear Bible - Hebrew/Greek/English

Por Flávio Rodrigues

Talvez você já tenha algum dia se deparado com uma passagem na Bíblia difícil de entender. Quem sabe você já tenha procurado uma resposta para o significado do texto, mas a construção das frases parece não ajudar muito. Ou quem sabe você possua uma tradução cuja linguagem seja bastante idiomática e coloquial, e parece não ter quase ou nenhuma semelhança com aquela que você ouve ler na igreja. Você pode, então, se perguntar: “Por que essas diferenças? São confiáveis as traduções que usamos? Qual seria a versão mais fiel?”
Para respondermos a essas perguntas precisamos tecer algumas considerações sobre o que é envolvido no trabalho de tradução das Escrituras. Lembre-se, porém, de que a Bíblia é inerrante, é infalível, pois Deus é seu autor. Ao mesmo tempo foi escrita por seres humanos falíveis e pecadores como qualquer um de nós, estando sujeita à ação do tempo, de cópias manuscritas sucessivas, resultando em pequenos deslizes de ortografia, de alteração e/ou supressão de palavras ou até mesmo de passagens inteiras.
A Bíblia foi originalmente escrita em hebraico, aramaico e grego, num espaço de 1500 anos, aproximadamente. Esses idiomas diferem bastante das atuais línguas que levam o mesmo nome. Até a invenção da imprensa, no século XV, os textos bíblicos eram copiados à mão, somando milhares de manuscritos. O primeiro livro impresso graficamente foi uma edição da Bíblia na famosa versão Vulgata Latina, de Jerônimo. O trabalho de impressão levou cinco anos para ficar pronto (1450-1455)[1].
Mais tarde, com o florescimento da Reforma Protestante, houve um interesse, por parte de estudiosos, de se voltar aos textos originais. Foi assim que Erasmo, de Roterdã, preparou e imprimiu, em 1516, seu Novo Testamento Grego, que serviu de base para várias traduções feitas no período da Reforma[2]. Depois dele vários outros eruditos procuraram compilar suas próprias edições do Novo Testamento Grego[3]. Daí, um dos motivos porque temos diferenças entre as traduções da Bíblia usadas atualmente.
Sendo que existem poucas diferenças importantes entre os manuscritos hebraicos e aramaicos, passemos para algumas considerações sobre as edições do Novo Testamento Grego usadas nas traduções contemporâneas.

Texto Recebido ou Textus Receptus
É o texto baseado nos manuscritos disponíveis na Época da Reforma, cuja primeira compilação foi feita por Erasmo[4]. É usado, por exemplo, na versão de Almeida Corrigida e Revisada Fiel.
Texto Crítico ou Eclético
É o texto baseado na seleção dos manuscritos mais antigos, resultando numa edição mais resumida do Novo Testamento. É também o texto mais usado nas traduções atuais, sendo resultado das pesquisas bíblicas mais recentes[5]. Temos, como exemplo, a edição de Almeida Revisada de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego.
Texto Majoritário
É o texto baseado na maior quantidade de manuscritos. Sua primeira edição foi impressa na década de 1980. É muito similar ao Texto Recebido[6]. As edições Almeida Revista e Corrigida e Almeida Edição Contemporânea são exemplos que seguem o Texto Majoritário em várias passagens.
É importante também ressaltar que a Igreja Católica adota oficialmente um texto latino eclético, chamado Nova Vulgata Latina[7], para suas traduções mais recentes.
Não cabe aqui dizer qual é de fato o texto original, uma vez que não possuímos os manuscritos autografados, ou seja, aqueles que foram escritos pelo punho dos autores originais. Tudo o que temos são cópias feitas ao longo de milênios e séculos, e que foram compiladas pelas presentes edições impressas. Cada tradutor possui suas razões pela opção de um texto em detrimento de outro. É certo, porém, que as diferenças presentes nesses textos não afetam nenhuma doutrina bíblica nem a infalibilidade da Palavra de Deus.
Tendo isso posto, passemos para as considerações sobre os métodos de tradução[8] mais adotados hoje em dia para Escrituras Sagradas, e como isso afeta o significado do texto, bem como a compreensão do mesmo.
Método de Equivalência Formal ou Literal[9]
É o método mais antigo, focando quase que exclusivamente na literalidade do texto. Este método reproduz a gramática, os idiomatismos e a forma sintática das línguas originais tanto quanto possível. Quando lemos: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1), temos um exemplo bem simples da sintaxe do hebraico, que consiste na inversão da posição do verbo na frase, situando-o antes do sujeito, no caso, Deus. As traduções baseadas neste método – como as versões de Almeida - são, portanto, bem literais e trazem um vocabulário extremamente rebuscado e muito erudito. São importantíssimas para o estudo bíblico aprofundado, demonstrando alta fidelidade à forma das línguas originais. Por outro lado, as desvantagens das traduções que seguem este princípio, na minha opinião, é quanto ao uso litúrgico, pois não raras vezes o ouvinte que não está habituado a elas sente-se perdido, ora pelo vocabulário culto desconhecido, ora pelas construções gramaticais estranhas ao nosso português corrente. Por isso, vejo que sua utilidade se encaixa melhor no estudo bíblico particular.
Método de Equivalência Dinâmica ou Funcional[10]
Este método de tradução foi desenvolvido por Eugene Nida[11], na década de 1960, e sua preocupação primordial é com o significado do texto bíblico. As versões no vernáculo, segundo este critério, costumam ser bem idiomáticas e coloquiais, utilizando-se da linguagem do dia a dia.  O tradutor que segue tal abordagem deve perguntar-se: “Como eu diria isso em meu idioma nativo?” Portanto o foco está em se traduzir o pensamento do escritor, e não palavra por palavra, buscando causar no leitor/ouvinte o mesmo impacto que os receptores originais experimentaram. Para isso são feitas conjecturas em várias passagens do texto original. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje procura exprimir-se por este método. A desvantagem quanto a essa filosofia de tradução é que o texto acaba por ser desnecessariamente parafraseado, seguindo uma linha de interpretação particular do tradutor. Por isso as versões que adotam esta abordagem não são apropriadas para o uso litúrgico congregacional e estudo aprofundado. No entanto, são úteis como complemento nos estudos devocionais.
Método de Equivalência Otimizada ou Ideal[12]
Tradução livre do inglês Optimal Equivalence Method, procura combinar os métodos descritos acima, juntamente com outras abordagens, visando ao mesmo tempo à compreensão do leitor/ouvinte e fidelidade ao texto. Em outras palavras, procura-se traduzir tão literalmente quanto possível e tão naturalmente quanto compreensível. É o método que aparentemente irá definir o futuro das traduções em português corrente, pois só se desvia do estilo literal quando necessário. Nesta abordagem, a sintaxe é reorganizada e as frases são estruturadas, sendo divididas e pontuadas em períodos menores, conforme o exige a língua receptora, para a qual o texto sagrado é vertido. O vocabulário segue a nomenclatura usual dos meios de comunicação em voga. São conservados, porém, termos de conotação teológica importantes como justificação, santificação, propiciação, etc. A Nova Versão Internacional se enquadra muito bem nesta opção. As traduções que incorporam este método são, na minha avaliação, as ideais para o uso litúrgico na igreja, tanto quanto para o estudo particular. É importante ressaltar que elas não substituem as versões tradicionais, podendo estas serem usadas quando o contexto parecer mais apropriado, especialmente quando se quer enfatizar o sentido mais literal de um texto.
Após tratar dessas particularidades que influenciam na tradução, na compreensão e na adoção ou não de uma versão bíblica, examinemos as características de algumas traduções[13] mais conhecidas, tanto no meio evangélico quanto no contexto católico romano.
Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF) – Segue uma abordagem mais literal do texto sagrado. É a tradução que mais se aproxima do trabalho original de Almeida. Uma de suas meritórias características é incluir palavras em itálico inexistentes no original, visando esclarecer o que de outro modo resultaria num texto totalmente obscuro.
Almeida Revista e Corrigida (ARC) – Seguindo o mesmo ponto de partida da anterior, porém alternando entre os textos Recebido e Majoritário. É largamente aceita nas igrejas evangélicas, sobretudo as pentecostais. Utiliza-se do mesmo recurso de palavras em itálico.
Almeida Revista e Atualizada (ARA) – É uma revisão do trabalho de Almeida, atualizando-se o vocabulário, embora ainda retendo o teor acadêmico de uma linguagem erudita e literal. Alterna entre os textos Majoritário e Crítico. Apresenta algumas passagens contendo colchetes, indicando que tais versos ou parte deles não se encontram no texto grego eclético (ex.: 1 João 5:7-8). É muito adotada nas igrejas históricas e confessionais, incluindo a IPB. Em sua edição de 1968 trazia uma carta de recomendação da CNBB[14] (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), órgão que representa a Igreja Católica em nosso país.
Almeida Revisada de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego (AR) – Segue mais de perto o texto crítico. Compatível em muitos casos com a ARA. Não fossem suas particularidades quanto a algumas opções exegéticas, que refletem a hermenêutica batista, seria uma tradução mais aceita. Nela lemos, por exemplo, “batismo em água”, ao invés de “com água”.
Almeida Século 21 (A21) – É uma tradução mais recente, baseada na anterior. Seguindo o texto eclético, fez-se uma revisão total para adequá-la ao uso interdenominacional. Utiliza-se de um vocabulário menos rebuscado e construções sintáticas mais naturais que nas versões anteriores. Embora siga mais de perto um estilo literal, em vários casos se encaixa melhor no método de equivalência otimizada. Acredito que ainda precisa de umas poucas melhorias no tocante a alguns termos e conjugações verbais. Não obstante, parece que este será, no futuro, o texto mais usado em liturgias públicas. Já consta uma edição com meditações do Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu apêndice.
Nova Versão Internacional (NVI) – Tradução em português corrente similar à New International Version, que é reconhecida mundialmente como uma das mais bem sucedidas versões em inglês moderno. Utiliza-se do método de equivalência otimizada. Normalmente emprega o uso dos pronomes você e vocês, preservando o tu em orações e diálogos em que se exige um tratamento diferencial entre um superior e seu subordinado. Contudo seu texto apresenta uma postura evangélica conservadora.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) – Esta versão reflete de forma cabal o método de equivalência dinâmica, exprimindo-se em linguagem comum empregada no dia a dia. Por adotar tal filosofia de tradução, não raras vezes recorre à paráfrase, comprometendo, assim, a integridade do texto. Além do mais, por vezes deixa transparecer uma exegese não ortodoxa e por isso é classificada como teologicamente aberta (veja, por exemplo, Dt 32:8). Por outro lado é útil para esclarecer certas passagens difíceis, podendo ser usada lado a lado com outras traduções em estudos devocionais. Possui também uma edição com os livros apócrifos, destinada aos católicos.
Sobre as Traduções Católicas
Antes de tratar sobre o perfil das versões católicas, precisamos lembrar que, por vivermos num país que segue a tradição romana, seria razoável que conhecêssemos seus dogmas e sua teologia. Desse modo estaríamos mais preparados para abordar os fiéis dessa seita. Uma das peculiaridades encontrada nas Bíblias católicas é a inserção de notas explicativas aos textos para a instrução de seus fiéis. Seu preço também é muito mais barato que uma Bíblia de estudo (comentada) protestante, chegando a custar até metade do valor desta. Deveríamos, portanto, deixar de lado o preconceito e objeções simplistas quanto às questões teológicas e aos acréscimos apócrifos – e aqui não estou encorajando nenhum tipo de ecumenismo - e adquirir pelo menos uma tradução católica para fins de pesquisa e informação, tendo em mente que o corpo do texto bíblico reflete uma exegese acurada dos originais.
Dito isso, examinemos algumas das traduções católicas mais conhecidas.
Bíblia de Jerusalém (BJ) – É a versão mais conhecida, dentro e fora do romanismo, tendo sido preparada por uma equipe de eruditos da Escola Bíblica de Jerusalém, sediada em Israel. Sendo uma tradução mais literal, reflete esmero, competência e habilidade acadêmicos. A edição brasileira é derivada da versão francesa, conhecida em todo o mundo. Foi revisada e atualizada, sendo estas configurações disponíveis na edição de 2002 em diante.
Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB) – Seguindo um ponto de vista similar ao da BJ, conta com a colaboração de estudiosos católicos, ortodoxos, protestantes e judeus. Suas notas são bem mais expandidas, figurando o que cada confissão religiosa possui em comum, bem como suas particularidades distintas. Apresenta os livros do Antigo Testamento na ordem da Bíblia Hebraica, e situa os apócrifos ao final, antes do Novo Testamento, costume que era empregado nas Bíblias protestantes no período da Reforma e abolido mais tarde. Além do mais, acrescenta outros livros que são admitidos nas versões da Igreja Ortodoxa, como a edição grega de Ester e a Epístola de Jeremias. Possui muitas notas críticas, técnicas, linguísticas e culturais. Por muito tempo foi a Bíblia de estudo com mais notas em língua portuguesa, até ser suplantada pela Bíblia do Peregrino. A edição brasileira é também tradução do francês.
Bíblia Sagrada Tradução da CNBB (TCNBB) – Traduzida diretamente da Nova Vulgata, parece ser a versão católica que mais se aproxima da linguagem de uma Bíblia evangélica. Seu vocabulário, no entanto, é mais simplificado, e as construções frasais mais naturais. Adota linguagem de gênero inclusiva onde estiver clara esta acepção indicada pela palavra grega anthropos (homem). Suas notas explanatórias também são bem reduzidas. Inclui nos Salmos a indicação de onde os versículos começam nas Bíblias protestantes. No livro de Lamentações apresenta uma reprodução belíssima dos acrósticos originais da língua hebraica, sendo que cada bloco de versículos inicia-se com as sucessivas letras do alfabeto português.
Bíblia do Peregrino (BP) – Expressando-se por meio de uma linguagem literária e idiomática, preservando, porém, beleza de estilo, é a Bíblia que mais possui notas explicativas em português, isto é, 60% da obra, totalizando mais de 3000 páginas[15]. A edição brasileira é traduzida do espanhol.
Bíblia Sagrada Edição Pastoral (EP) – Assim como a NVI, procura exprimir-se em português comum, empregando o uso de você e vocês, conservando, entretanto, o tu em orações. Suas notas, por outro lado, refletem claramente a polêmica Teologia da Libertação, sendo questionadas até mesmo nos arraiais do catolicismo romano[16]. Ainda assim é uma das versões católicas mais vendidas, devido à sua linguagem simplificada.
Implicações e Considerações Finais
Após termos examinado as questões acima, como tudo isso afeta o trabalho de tradução bíblica, as peculiaridades das versões apresentadas, as vantagens e desvantagens no uso de um método particular de tradução, quais seriam a aplicações práticas deste assunto? Vejamos.
·           Nenhuma tradução será perfeita o suficiente para exprimir o teor completo da mensagem divina; somente os originais o podem fazer. Contudo as versões no vernáculo transmitem a essência necessária dessa mensagem para a salvação e instrução do crente. Daí a importância de se possuir mais de uma tradução bíblica.
·             Uma postura demasiadamente conservadora pode impedir algumas igrejas de adotarem uma versão bíblica mais contemporânea, para prejuízo da compreensão do público leigo. Por outro lado, uma postura teológica relaxada pode levar outras igrejas a aceitarem uma tradução muito ruim, tanto para fins litúrgicos como para estudos aprofundados.
·        Mesmo a tradução mais clara nem sempre levará o pecador a compreender as realidades espirituais das Escrituras ou mesmo sua necessidade de salvação. A exposição bíblica faz-se necessária, e ao Espírito cabe iluminar e convencer o perdido.
·        Ainda que transmita sua mensagem claramente, nem sempre uma tradução eliminará as dificuldades de determinadas passagens, sendo necessária a consulta de um bom comentário.
Ao fim dessas considerações algumas pessoas podem negar veementemente tudo ou muito do que foi escrito acima. Reconheço que não é um assunto fácil de tratar. Há quem prefira unicamente as boas versões tradicionais, defendendo-as com afinco. Outros as consideram “ultrapassadas” para qualquer uso. Qual seria, portanto, a tradução mais fiel? Isso vai depender muito da perspectiva de cada um. Se por fiel nos referimos à literalidade do texto, então uma versão como Almeida Corrigida ou Atualizada cumprirá esse papel. Se de outro modo considerarmos isso do ponto de vista de clareza textual, uma tradução mais recente fará jus a esse aspecto. Algumas vezes uma versão literalista não transmitirá o significado exato de uma palavra, frase ou expressão idiomática presentes no original. Quase sempre essas configurações permitem mais de uma tradução. Por isso nenhuma versão será igual. Ajudaria se as edições tradicionais incluíssem notas indicando essas particularidades. Por outro lado uma versão contemporânea nem sempre capturará as riquezas da sintaxe e das formas verbais que são expressas nas línguas originais, sendo que uma tradução formal procurará incluí-las tanto quanto possível. Cabe, então, ao leitor/estudioso e às igrejas adotarem o que parecer mais conveniente para o uso particular e litúrgico. Para um estudo mais proveitoso, o ideal é possuir mais de uma versão, comparando-as e buscando compreender o sentido mais correto do texto sagrado.
Enquanto isso, sejamos gratos a Deus por dispormos, em nosso idioma, de muitas e tão boas traduções de sua eterna Palavra e por Jesus Cristo, o Verbo Divino, que se encarnou e nos revelou o Pai.

Flávio Rodrigues é tecladista, gosta de teologizar, e é membro da Igreja Presbiteriana em Tabuazeiro.




[8] Para maiores informações sobre as metodologias de tradução bíblica, recomendo o artigo do Dr. James D. Price intitulado Textual Translation: An Optimal Equivalence Model, disponível para download em    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=textual%20translation%3A%20an%20optimal&source=web&cd=4&sqi=2&ved=0CFEQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.jamesdprice.com%2Fimages%2FETS_paper_Optimal_Equivalence.doc&ei=1Z23UM3pLY2I9QSC7oCgDQ&usg=AFQjCNHRlxUw5BpNZvKTClPFGMvtcFSEzg&cad=rjt.
[10] Idem.

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