Será que o problema é o Bullying?

A tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, trouxe indignação e tristeza ao nosso país. Agora, nossos líderes, jornalistas e especialistas tentam a todo custo encontrar um culpado, e também, soluções para que isso não ocorra mais em nossa nação.

O ser humano desde o jardim do Édem tem a facilidade e a tendência de sempre encontrar um culpado para seus fracassos. Diante da catástrofe no Rio, alguns jornalistas já decidiram que o grande vilão pelo massacre foi o bullying.

O termo bullying tem sido pronunciado com cada vez mais freqüência na mídia. O vocábulo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

Conforme os especialistas, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias e locais de trabalho. Para eles, um simples apelido pode afetar emocionalmente e fisicamente o ofendido. A jornalista, Viviane Mosé da rádio CBN, por exemplo, acredita que o ato horrendo cometido pelo jovem Wellington, no ultimo dia 7, na verdade, é conseqüência de algum trauma que ele tenha sofrido na própria escola. Ao que tudo indica, o assassino é uma vítima do bullying. Além disso, outro culpado, segundo a jornalista, é o falido sistema educacional e o crescimento desordenado de nosso país sem sustentabilidade.

Embora o preconceito, as ofensas e os maus tratos possam deixar seqüelas por toda a vida. No entanto, a Bíblia é clara em dizer que o problema não está nos outros, está em nós mesmos. Não é algo externo, mas uma terrível enfermidade que carregamos durante toda a vida, o pecado!

O profeta Jeremias tratando da pecaminosidade do povo de Israel, que ao que tudo indica, era pior do que a tragédia em Realengo, onde pais matavam os próprios filhos em nome de deuses da Assíria. Diante de tal perversidade, o profeta declarou em nome de Deus:“Edificaram os altos de Tofete,  que está no vale do filho de Hinom,  para queimarem a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me passou pela mente” (Jr 7.31). Mais adiante, o profeta declarou a razão de tamanha brutalidade: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;  quem o conhecerá?” (Jr 17.9).

Como povo de Deus, lamentamos profundamente tal adversidade. Nossa oração é para que o Altíssimo conforte profundamente e enxugue as lágrimas das famílias enlutadas. Não podemos imaginar a dor que os pais e familiares estão sentindo neste momento, e somente o Eterno pode curar essa grande ferida.

Portanto, cremos que o nosso grande inimigo hoje não é o bullying, na realidade, ele é conseqüência, o verdadeiro inimigo é o nosso coração pecaminoso. Mas, a boa notícia é que o Senhor Jesus pode reverter esse quadro. Ele é capaz de transformar o nosso coração de pedra em um coração de carne (Ez 36.26). Ele é capaz de transformar uma vida pecaminosa em um “santo” lutando contra o pecado (Rm 12.1-2). Ele é capaz de curar nossas feridas, sanar a nossa dor e encher o nosso coração de esperança (1Co 15.19). Você já experimentou essa transformação em sua vida?