quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Vida de John Harper


Rev. John Harper, que perdeu sua vida no desastre do Titanic, sua sobrinha Leitch e sua filha Nana, que sobreviveram. 

Deixe-me lhe contar uma história maravilhosa sobre uma pessoa com a qual você gostaria de se parecer. [1]
John Harper nasceu num lar cristão em Glasgow, Escócia, em 1872. Quando tinha aproximadamente quatorze anos, tornou-se ele mesmo um cristão. Aos dezessete anos, começou a pregar a Palavra de Deus.

Após cinco ou seis anos de labor pregando o evangelho, Harper foi recebido pelo Reverendo E. A. Carter da Missão Batista Pioneira em Londres. Um pouco depois, em setembro de 1896, Harper iniciou sua própria igreja. Durante esse tempo ele casou-se e ficou viúvo. Antes de perder sua esposa, Deus abençoou Harper com uma beleza menininha chamada Nana.
Enquanto pastoreando sua igreja em Londres, a Moody Church em Chicago pediu que ele fosse até a América para uma série de palestras. E foi assim que certo dia, Harper adentrou num navio com um ticket de segunda classe em Southampton, Inglaterra, para uma viagem até a América.
O que aconteceu após isso sabemos principalmente por duas fontes. Uma é Nana, que morreu em 1986 aos oitenta anos. Por volta de meia-noite, segundo ela, Harper disse que o navio onde eles estavam havia batido num iceberg. Ele colocou Nana no barco salva-vidas juntamente com uma prima mais velha, que os acompanhava. A pequena Nana e sua prima foram salvas.
O único motivo de sabermos o que aconteceu com John Harper depois é que, numa reunião de oração em Hamilton, Ontário (Canadá), alguns meses depois, um jovem escocês caiu em lágrimas e contou a história extraordinária de como aconteceu a sua conversão. Ele explicou que estava no Titanic na noite em que o mesmo atingiu o iceberg. Ele tinha se apegado a um pedaço de mastro que estava flutuando nas águas congelantes. “Subitamente”, disse, “uma onda trouxe até mim um homem, John Harper. Ele também estava agarrado a um pedaço dos destroços.
Ele bradou: “Homem, você é salvo?”
“Não, eu não sou”, respondi.
Ele gritou de volta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.
As ondas afastaram Harper de mim, mas um pouco depois, ele foi trazido de volta e ficou ao meu lado de novo. “Você está salvo agora?”, ele exclamou.
“Não”, respondi.
“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.
Então, perdendo o seu destroço, Harper afundou. “E ali, sozinho na escuridão da noite com 50 metros de água abaixo de mim, confiei em Cristo como meu Salvador. Eu sou o último convertido de John Harper”.[2]

No Final só Havia Duas Classes de Passageiros
Depois que o Titanic afundou, o escritório da White Star em Liverpool, Inglaterra, colocou um grande painel de cada lado da entrada principal. Em um deles escreveram com letras grandes: “Identificados como Salvos”, e no outro: “Identificados como Desaparecidos”. Quando a viagem do Titanic começou havia três classes de passageiros. Mas, quando ela terminou o número foi reduzido a duas — os que foram “salvos” pelos barcos salva-vidas e os que ficaram “perdidos” nas águas profundas.

John Harper mergulhou na morte com desprendimento total, sabendo que estaria entre os passageiros perdidos. Mas ele tinha certeza absoluta de que seu nome estaria na lista dos “salvos” diante do trono de Deus.

E você, a que classe pertence? Àqueles que estão mortos, ou àqueles que estão vivos no Senhor Jesus? A minha expectativa é que você escolha a vida e não a morte.


[1] The Gospel & Personal Evangelism, Mark Dever, p. 13-15.

[2] Moody Adams, The Titanic’s Last Hero: Story About John Harper (Columbia, SC: Olive Press, 1997), 24-25.

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