segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

2 - A Viagem para o Brasil

Em 18/06/1859, Simonton embarca no porto de Baltimore, no navio à vela “Banshee” rumo ao Brasil. A viagem durou 55 dias, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto do mesmo ano, com 26 anos de idade.



Em 28/08/1859 Simonton dirigiu sem primeiro culto no Brasil a bordo do navio “John Adams”, com a presença de cerca de 200 pessoas. Mas, foi em 22 de abril de 1860, que ele começou uma classe de Escola Dominical em português no Rio de Janeiro. Simonton lecionou para cinco crianças, sendo três americanas da família Eubank e duas alemãs da família Knnack. Ele utilizou o Catecismo de História Sagrada e o Progresso do Peregrino, de John Bunyan.[1]
Em 24/01/1960 chega ao Rio de Janeiro o apoio que Simonton esperava. Após uma viagem difícil e cansativa, desembarcaram no país, o Rev. Alexander L. Blackford e sua esposa Elizabeth Simonton, irmã de Ashbel.
Finalmente, em 12 de janeiro de 1862 Simonton organizou a primeira Igreja Presbiteriana no Brasil, na capital do Império, Rio de Janeiro, à Rua Nova do Ouvidor, n° 31, com as duas primeiras profissões de fé: um comerciante norte-americano, Henry E. Milford (com cerca de 40 anos), natural de Nova York, que veio para o Brasil como agente da Singer Sewing Machine Company, e Camilo Cardoso de Jesus (com cerca de 36 anos), que posteriormente mudou o nome para Camilo José Cardoso. Ele era natural da cidade de Porto, Portugal. Ambos eram assíduos desde o início dos trabalhos promovidos por Simonton. Na ocasião foi celebrada a Santa Ceia pela primeira vez[2], sendo ministrada pelo Rev. Simonton e pelo Rev. Schneider[3] (1832-1010), em inglês e português.


[1] SIMONTON, Diário. Op. cit., p. 161.
[2] Relatório de Ashbel Green Simonton. O relatório foi entregue ao Presbitério do Rio de Janeiro no dia 10/07/1866, p. 4.
[3] O Rev. Schneider desembarcou no Rio de Janeiro em 7/12/1861.
[4] Dele diz o registro: “Tem 22 anos, carpinteiro e negociante, tem instrução rudimentar. É grave, diligente, sincero no temperamento e no comportamento. Por dezoito meses possuiu a Bíblia, até certo ponto, com indiferença e oposição. Há uns quatro meses, porém, conversando com o Sr. Bernardino, e talvez alguns outros irmãos, sua mente se despertou a uma busca mais cuidadosa e mais honesta da verdade. Cedo se convenceu do erro de seu antigo credo, destruiu as imagens, atirando-as no canal. Começou a freqüentar as reuniões na casa do Sr. Bernardino, na Saúde, e minhas pregações na rua Nova do Ouvidor. Seu exame foi muito satisfatório, mostrando apreensão correta da verdade, sincero amor para com o Salvador e clara mudança de coração. Pediu para ser batizado, dizendo que fora batizado na fé idólatra e que desejava ser batizado na fé em Cristo.” FERREIRA, Júlio Andrade. Op. cit., p. 29.
[5] No Livro de Atas da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, pp. 5 e 161. o Sr. Serafim Pinto Ribeiro seria excluído (“riscado do rol da Igreja”) em 31/01/1867.
[6] Relatório de Simonton entregue ao Presbitério do Rio de Janeiro no dia 10/07/1866, p. 5.
[7] SIMONTON, Diário. Op. cit., p. 191. 28 de junho de 1864.
[8] SIMONTON, Diário. Op. cit., p. 194. 26 de julho de 1864.
[9] SIMONTON, Diário. Op. cit., p. 192. 

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